Filme do Mês

“A ideia do filme surge inicialmente como uma releitura para o mundo contemporâneo do filme de Vittorio de Sica, Ladrões de Bicicleta (1948). A bicicleta agora é uma motocicleta, o colador de cartazes é um entregador de delivery, o sindicato é substituído por um trabalhador solitário e desconectado de seus pares, o emprego municipal é um trabalho sem vínculo empregatício prestado para uma multinacional, a sociedade não sofre com o pós-guerra, mas tem suas mazelas que sectarizam, excluem e marginalizam pessoas.”

Felipe Cordeiro

“Os plongées representam a solidão de Jeferson no próprio contexto e uma desassociação do mundo ao seu redor, não reagindo de forma expansiva no quadro por saber que sempre está sendo percebido como um potencial perigo. A câmera parada incorporou, juntamente com o plongée, o modo observativo do ponto de vista, uma câmera que vê e não se denuncia em meio à ação, uma característica que limita e aprisiona o espectador.”

Beatriz Silva