Crítica do Filme Casa dos Espelhos

Por Igor Bilby /

O filme Casa dos Espelhos, do diretor Paulo Carter, do Porto Iracema das Artes, em Fortaleza, Ceará, conta a história de uma estudante com um transtorno dissociativo de identidade, como ela lida com isso pelo fato de ter ido a uma festa que ela própria disse que não iria. No dia posterior, ela nem se lembra de ter ido ou de ter causado na mesma, sendo lembrada por um amigo. 

O curta-metragem de 15 minutos mostra um protagonista provavelmente de uma escola de teatro, essa personagem traz uma questão da relação de amizades dentro das escolas/faculdades com o Transtorno dissociativo de identidade, o TDI, sendo o tema principal da obra. No filme, isso se mostra de diversas formas, como por exemplo a parte na qual ela conversa com ela mesma, no caso, outra personalidade e logo em seguida mostra ela sozinha naquele ambiente. Em outro momento, vemos um diálogo que explicitamente é externo, como se fosse um desabafo, mas na realidade ele é interno, onde só se percebe que são duas pessoas conversando dentro de um corpo só quando uma das personalidades se dá um beliscão. E, como último exemplo, a última troca de figurino da personagem intercala cenas perfeitamente montadas com as personalidades da única personagem, uma mais tímida, uma mais realista, uma mais segura de si e, por fim, a mais caótica, afrontosa. É essa então que de decide causar indo aquela festa. 

A montagem do filme segue uma linha interessante, pois ela se intercala no dia 0 e no dia 1, que é o dia posterior à festa, e todas suas consequências. E isso se mostra em um ritmo que leva o espectador para pequenos momentos do antes, depois e também durante o acontecimento. Há apenas um momento confuso nessa linha do tempo, que é uma das personagens dentro da personagem principal indo tirar satisfação do pessoal da escola, mas isso não apaga o brilho de todo o filme e sua forma de montagem, roteiro, fotografia e direção impecável. 

A obra é bem importante para o cenário universitário audiovisual porque traz algo que uma grande parcela dos jovens vive, no caso festas e relações intensas de amizades, seja na universidade, seja fora da universidade, algo que realmente é bem universal dentro desse contexto.


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *